Com certeza absoluta, a música “Abismo de Rosas” de Américo Jacomino, mais conhecido como Canhoto, é o hino nacional do violão brasileiro. E você sabe a história por trás dessa música?

Importante salientar que a Valsa era o gênero musical de maior aceitação, e maior permeabilidade em todas as camadas sociais no Brasil, nas primeiras décadas do século XX.

Com a presença de imigrantes Italianos em São Paulo, e a ascendência italiana de Canhoto, não é de se estranhar que seu maior sucesso “Abismo de Rosas” nasceria de uma valsa.

Composta em 1905, quando Canhoto tinha apenas 16 anos, a música trata-se de um desabafo a uma decepção amorosa; ele fora abandonado pela namorada.

A musa dessa linda obra, era filha de um escravo, e a sua irmã Sinhara, assim como sua família, não aceitavam o relacionamento amoroso dos dois, impedindo que se cassassem pelo simples motivo de Canhoto ser violonista.

O que me chama a atenção nessa história, é que muitas vezes escutei pessoas dizendo que em épocas passadas, quem tocava violão era considerado “vagabundo”, sendo de certa forma, não aceito pela sociedade.

Podemos dizer que o fato foi comprovado pela história de “Abismo de Rosas”, pois na época uma família de escravos, não aceitavam que a filha tivesse um relacionamento com um violonista.

E agora é hora de preparar uma boa xícara de café e se deliciar ao som dessa valsa indispensável para todo estudante de violão: “Abismo de Rosas.

Bibliografia:

Esthephan, SERGIO. Abismo de Rosas: Vida e Obra de Canhoto. (2017)

Fonte da Imagem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Canhoto_(violonista)#/media/Ficheiro:Am%C3%A9rico_Jacomino_1910s.jpg

Guilherme Santos

Autor Guilherme Santos

Iniciou seus estudos musicais com o Maestro Pedro Cameron, com quem estudou teoria musical, harmonia, regência, e se encantou pelos estudos do violão erudito e a música clássica. Participante de Masterclass pelo Brasil com os principais nomes do violão erudito e regentes, como o Maestro John Neschling, e os violonistas Pavel Stadl, Jorge Cabalero, e Fabio Zanon. Regente e diretor artístico da Camerata de Violões de Rio Claro , onde realiza trabalhos pedagógicos e concertos por todo o Estado de São Paulo, além de desenvolver projeto de formação de público e fomentação do repertório do violão erudito como solista!

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  • LIGIA CRISTINA ROSA disse:

    Espetacular e orgulho de sua dedicação e paixão, é emocionante, sou suspeita em dizer por ser sua tia que te ama, mas além deste ligação, também sou apaixonada pela música pelos instrumentos musicais, pela música clássica enfim este mundo fascinante, que Deus ilumine sempre seu caminho pois este dom é dado pra pessoas evoluídas e este é sua missão em terra e ira cumprir com louvor

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