A OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), retornou as suas atividades presenciais no dia 15 de Outubro de 2020, ou seja, quase um mês atrás, suspendendo assim, os seus concertos que estavam sendo transmitidos via online. Mas será que foi uma decisão correta?!?
Não vou levantar a discussão aqui se a retomada dos concertos de forma presenciais esta certo ou errado, até porque a retomada das atividades econômicas tem sua importância relevante, assim como as atividades culturais tem que entrar nessa conta, uma vez que são milhões de pessoas ligadas diretamente ou indiretamente nas chamadas economias criativas! A questão aqui é a decisão de suspender a transmissão de seus concertos online.
Seguindo os rigorosos protocolos sanitários, a OSESP tenta garantir o maior nível de proteção possível a seus frequentadores. Sendo assim ela disponibilizou apenas 480 lugares dos seus 1.500 no total, restrito apenas para os seus assinantes. Planejando 6 concertos semanais, sendo dois diários, isso dariam semanalmente 2.880 lugares.
A média de público, até então esta abaixo do esperado, tendo em média 100 pessoas por concerto. Provavelmente este número suba, porém como os ingressos estão restritos apenas aos assinantes, que em grande parte pertence ao grupo de risco, este número permanecerá baixo por um tempo.
Sendo assim, podemos concluir, que essa restrição de concertos presenciais apenas para seus assinantes, dificultando de certa forma a presença dos não-assinantes, para um bem que é público, restringindo dessa forma seus programas de alto nível apenas para um público muito reduzido, a direção da OSESP cometeu um equívoco em suspender os seus concertos online!
Pode ser que as transmissões online não tenham atingido os resultados que a orquestra esperava. Louvável também a competência que seus gestores administraram para que esse retorno se realizasse com segurança. Porém, seria muito importante a revisão da decisão da suspensão da transmissão dos seus concertos online, que, além de fornecer possibilidades de fruição ampla e universal, dariam acesso ao concerto a todos aqueles assinantes e não-assinantes que decidem ficar em casa.
O mundo passa por uma das suas piores crises da humanidade, e precisamos levar em consideração, que as pessoas que ainda decidem permanecerem em suas casas, também estão colaborando para o enfrentamento dessa crise!